O Zen Budismo, as Experiências Místicas, o Deus, a Individualidade e o Coletivo

Por: Ryath (Inspirado pelos Mentores Espirituais)

Para o Zen, segundo Monge Genshô, a verdadeira natureza é não nos percebermos separado de todo o resto das pessoas, mas sim fazendo parte de todas elas.
Para o Zen Budismo, a verdadeira natureza, segundo Genshô, é a junção de todas as vidas existentes, ai é o nosso contato com a unidade de tudo o que existe.
Essas experiências que temos de perceber a verdadeira natureza é o que se chama de Kenshô, a experiência mística.
O Misticismo é quando o ego é transcendido e experimentamos vivencias que vão além de nós mesmos, que nos levam a uma ou mais consciências de outras vidas, ou a todas elas.
Essa filosofia mística existe em quase todas as religiões, e eles veem a soma de todas as vidas, como sendo Deus. São formas de enxergar esse tipo de vivencia. Cada crença define do seu jeito.
Para elas Deus construiu tudo com pedaços dele mesmo, então vivenciar o todo é vivenciar O Criador de Tudo.
Mas se você falar que sentiu Deus nessas experiência, muitos mestres vão avaliar essa experiência, não como algo legitimo, mas sim como uma imaginação.
Está, dentro do Budismo, crescendo cada vez mais o número de praticantes que não aceita Deus, que vê essa entidade como algo ruim que deixa as pessoas sofrerem.
Existe no pensamento budista aqui no Brasil uma contestação de divina, não pensando também nas ótimas coisas que Deus fez para a gente, a felicidade, o autoconhecimento, o Nirvana e etc.
Sendo também que nosso karma é criado por nós mesmos em outras, somos responsáveis sobre isso.
Em outras vidas tínhamos a consciência menos desenvolvida e fomos propensos a fazer maldades.
O treinamento budista ensina as pessoas a serem seres humanos melhores, e assim fazerem o bem e criarem karmas positivos.
Já vi muitos mestres budistas que tem canis no YouTube, quando falam de Deus fazem cara feia, engrossam a voz e contestam a existência do ser que Criou o Tudo.
O Nirvana e a imensa felicidade que se consegue com essa conquista de autoconhecimento, também é obra do divino, coisa que nos deixa muito bem.
Amor é felicidade, e contando que Deus criou tudo, criou isso também.
No treinamento espiritual do Zen Budismo, existem momentos que se pode vivenciar essa verdadeira natureza.
Existem mestres que contestam a individualidade, achando que vivenciar tudo o que existe, acaba com a individualidade, mas são só interpretações, pontos de vista.
O Budismo, assim como o Hinduísmo, foram criados no mesmo pais, então existem certas semelhanças, e Buda estava envolvido com o Misticismo e Esoterismo desse pais.
Podemos perceber que as experiências místicas não são tão constantes em suas vivencias, pois uns dizem que sente o divino, e outros que não, apenas o todo.
Essas experiências nos fazem sentir, muitas vezes plenos, pois engloba sentir tudo, e sentir tudo nos faz sentir plenos, são sentimentos muito agradáveis de amor.
Mas se temos uma individualidade para conseguir separar, quero dizer: ver que estamos tendo uma experiência, então não perdemos a individualidade, pois ela ainda julga, raciocina, sente, se maravilha e pensa.
Quando percebemos que estamos tendo uma experiência, e todo o resto de tudo o que existe não, então ainda temos individualidade, não nos dissolvemos no Todo.
Para muitos o nível mais elevado espiritual que conseguimos chegar, é não pensar em si nunca, como ensina o Zen Budismo de Genshô, por isso se nega a autoestima e a individualidade, mas são interpretações.
Só que não pensar em nada está ligado ao se ligar ao Todo o tempo todo.
Segundo alguns quando atingimos o máximo nível espiritual, vivenciamos o Kenshô o tempo todo.
Porém existe algo a se falar sobre isso, que no Budismo, principalmente no Tibetano, Esotérico, se diz que existem mestres que encarnaram já obtendo o nível máximo, e foram importantes mestres do Budismo, só que eles pensavam e tinham individualidade, eles experimentavam as práticas espirituais para poderem ensinar, e raciocinavam para dar soluções, criar métodos de autoconhecimento e poder orientar os outros, assim eles não se viam o tempo todo diluídos na vida total de tudo o que existe.
Então não nos diluímos no todo ou deixamos a individualidade, mas sim vivenciamos o todo sem perder a individualidade.
É o melhor de todos os mundos, a individualidade junto com a plenitude.
Grandes almas estão conectadas ao universo, ao cosmos, e mesmo assim pensam e sentem individualmente.
Nunca ouvi falar de pessoas que pensam coletivamente.
Para o Zen Budismo temos uma mente individual e outra coletiva, e ambas fazem parte da gente.
Fiquem com luz
Seres de luz 

 

 

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